
A Babilônia foi uma das civilizações mais fascinantes da Antiguidade. Localizada na região da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, essa poderosa sociedade floresceu e deixou um legado impressionante para a história da humanidade. Mas quem eram os babilônios? E como viviam o Povo Babilônico? O que os tornou tão importantes? Assim sendo, neste artigo, exploraremos a origem, cultura e influência desse povo que marcou profundamente a história do Oriente Médio.
A Origem do Povo Babilônico

Os babilônios eram descendentes dos antigos sumérios e acádios, que habitaram a Mesopotâmia por volta de 3000 a.C. A cidade da Babilônia começou como um pequeno centro urbano sob domínio sumério e acadiano, mas se tornou uma potência sob o governo do rei Hamurábi no século XVIII a.C. Certamente ele foi responsável pela unificação de várias cidades-estado da região e pela criação do famoso Código de Hamurábi, um dos primeiros conjuntos de leis escritas da história.
Após o declínio da Primeira Dinastia Babilônica, a cidade passou por períodos de domínio estrangeiro até ressurgir como uma grande potência sob o reinado de Nabucodonosor II (605-562 a.C.), que expandiu o império e fez da Babilônia uma das cidades mais magníficas do mundo antigo.
A Sociedade e Cultura Babilônica

A sociedade babilônica era estratificada e organizada, com uma clara divisão entre classes sociais. No topo da pirâmide social estavam o rei e a nobreza, seguidos pelos sacerdotes, escribas, comerciantes e artesãos. Na base da sociedade estavam os camponeses e escravos.
Os babilônios eram grandes arquitetos e engenheiros. Um dos marcos mais icônicos dessa civilização foi a construção dos famosos Jardins Suspensos da Babilônia, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, embora sua existência ainda seja um mistério.
Além disso, os babilônios foram pioneiros na astronomia e matemática. Eles desenvolveram um sistema numérico baseado no número 60, que ainda influencia a contagem do tempo (60 minutos por hora, 360 graus em um círculo). Portanto os sacerdotes babilônicos estudavam o céu para prever eventos e registrar o movimento dos astros, um conhecimento que influenciou futuras civilizações, como os gregos.
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A Religião Babilônica

A religião era um aspecto central da vida babilônica. O panteão babilônico era formado por diversas divindades, mas o deus supremo era Marduque, que, segundo a mitologia, derrotou o caos primordial para criar o mundo e estabelecer a ordem.
Os templos, conhecidos como zigurates, eram construções monumentais dedicadas aos deuses e serviam como centros religiosos e administrativos. Os sacerdotes desempenhavam um papel fundamental na sociedade, interpretando presságios e conduzindo rituais para assegurar a proteção divina sobre a cidade.
O Império Babilônico e Suas Conquistas

O auge do Império Babilônico ocorreu sob o governo de Nabucodonosor II, que expandiu o domínio babilônico até o Levante, conquistando Jerusalém e deportando parte da população judaica para a Babilônia, um evento conhecido como Cativeiro Babilônico.
A cidade também era famosa por sua monumental arquitetura. Além dos Jardins Suspensos, Nabucodonosor mandou construir a Porta de Ishtar, uma das entradas da cidade decorada com figuras de leões, dragões e touros, representando a força dos deuses protetores da Babilônia.
Porém, a grandiosidade da Babilônia não durou para sempre. Em 539 a.C., o império foi conquistado pelos persas sob o comando de Ciro, o Grande. Mesmo assim, a influência babilônica permaneceu na cultura e no conhecimento do Oriente Médio.
O Legado Babilônico
O legado babilônico é imenso. Seu sistema de leis, sua arquitetura, seus avanços matemáticos e astronômicos influenciaram diversas civilizações posteriores. Portanto até hoje, expressões como “a escrita na parede” vêm da Bíblia, que menciona a queda da Babilônia de maneira simbólica.
Apesar de sua destruição, a Babilônia continua sendo um símbolo de poder e conhecimento, representando uma das civilizações mais impressionantes da história da humanidade. Seu impacto pode ser visto na arqueologia, na história e até mesmo na cultura popular, garantindo que seu nome nunca seja esquecido.
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